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Tatiana Santana

Desvendando o bullying: sinais, intervenções e cuidados essenciais

| 13.04.24 - 09:10
Desde sua criação em 7 de abril de 2016, o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola tem sido uma data crucial para destacar os desafios e promover a reflexão sobre o tema. Instituído na mesma data do trágico massacre em Realengo, ocorrido em 2011, o propósito da Lei nº 13.277/2016 é sensibilizar para a necessidade de medidas contínuas de conscientização e prevenção.
 
Também conhecido como intimidação sistemática, o bullying é "todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo, sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidar ou agredir, causando dor e angústia, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas", conforme estabelecido pela Lei nº 13.185/2015, que instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying).
 
Atualmente, os dados sobre bullying revelam uma realidade preocupante em escala global. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 3 estudantes ao redor do mundo é vítima de bullying de forma regular. Os impactos psicológicos do bullying podem levar a problemas graves de saúde mental, como ansiedade e depressão. Por outro lado, intervenções eficazes têm sido identificadas, enfatizando a importância da intervenção precoce, do apoio psicológico e da educação sobre respeito e empatia.
 
Com o aumento dos casos nas escolas, é fundamental que os responsáveis estejam atentos não apenas ao comportamento dos filhos dentro da escola, mas também em outros ambientes com menos supervisão. Os sinais de que uma criança pode estar praticando bullying incluem uma natureza mais comunicativa, capacidade de influenciar outros, perfil de liderança, confrontação com pais e professores, comportamento intolerante e envolvimento frequente em confusões. É essencial reconhecer esses sinais como indicadores de possíveis dificuldades comportamentais e emocionais que necessitam de atenção e intervenção precoce.
 
É crucial que os pais não incentivem e nem tolerem comportamentos agressivos ou intimidatórios por parte de seus filhos, mas sim promovam o diálogo aberto e busquem orientação de profissionais especializados, como psicólogos. Os programas de intervenção devem ser implementados não apenas nas escolas, mas também dentro das famílias.
 
A Lei nº 13.185/2015 estabeleceu objetivos importantes para o combate ao bullying, incluindo a capacitação de professores e equipes pedagógicas para lidar com o problema, a integração dos meios de comunicação na conscientização e prevenção do bullying, e o estímulo à criação de ambientes seguros e harmoniosos tanto nas escolas quanto nos lares.
 
É fundamental acompanhar os dados relacionados ao bullying para implementar estratégias eficazes de prevenção e intervenção. O objetivo é criar ambientes seguros e acolhedores, onde todas as pessoas possam se desenvolver livremente, sem medo ou angústia. A responsabilidade de enfrentar esse desafio é de todos nós, enquanto sociedade, famílias e instituições educacionais.
 
*Tatiana Santana é diretora do Colégio Externato São José e coordenadora regional da ANEC (Associação Nacional de Educação Católica do Brasil)

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