Othaniel Alcântara
De acordo com os musicólogos Donald J. Grout e Claude V. Palisca “a mitologia grega atribuía à música, origem divina, e designava como seus inventores e primeiros intérpretes deuses e semideuses, como Apolo, Anfião e Orfeu”. E, naquele “obscuro mundo pré-histórico”, a música “tinha
poderes mágicos: as pessoas pensavam que era capaz de curar doenças, purificar o corpo e o espírito e operar milagres no reino da Natureza” (Grout; Palisca, 2001, p. 17).
Na mitologia indiana ocorre algo semelhante. Alicerçado tanto na historiografia convencional quanto na tradição hindu1 (ver Tópico 2), Roland de Candé (1923-2013) registra:
Segundo lendas antiquíssimas, os deuses teriam revelado a música aos sábios, que, por sua vez, a teriam transmitido aos homens. [...]. Segundo a lenda, o deus Shiva [Siva, Xiva etc.] teria ensinado a música aos homens seis mil anos antes da nossa era. Os historiadores de Alexandre [“O Grande”], quando este visitou o Norte da Índia, por volta de 300 a. C., ainda se referiam a essa lenda. [...]. (Candé, 2001, pp. 51 e 130; grifo nosso).
1) O que é um Veena?
Na Figura 1, o deus Shiva está tocando um
Veena (semelhante a um alaúde). Em sentido genérico, o vocábulo
Veena (Vina) diz respeito a todos os tipos de instrumentos musicais de cordas da história indiana, sejam eles dedilhados (com ou sem trastes) ou tocados com arco etc. (Nalawade, 2015, p. 5;
Encyclopaedia Britannica, versão
on-line).
2) A escassez de fontes documentais
Roland de Candé elucida que buscar indícios de atividades musicais nos remotos territórios indianos da Antiguidade é uma tarefa bastante complexa. Na opinião deste musicólogo, “infelizmente, a ausência de testemunhos precisos e de cronologia séria” antes do primeiro milênio da nossa era, “nos priva de qualquer ideia sobre a música da Índia Arcaica” (Candé, 2001, p. 51). Em relação a isso, a abordagem registrada por André Bueno na publicação
Textos de História da Índia Antiga (
Ebook) é esclarecedora:
A preservação da cultura indiana tradicional dispensou, por séculos, a necessidade de ser historiografada. [...]. Assim, os indianos não deram atenção substancial ao tempo, mas sim, a como dar continuidade as suas crenças espirituais. [...]. Os indianos tradicionais tratavam a questão histórica de modo muito semelhante aos gregos antigos: suas histórias deveriam trazer exemplos morais e espirituais, sem uma preocupação exata com questões cronológicas ou factuais. [...]. Com isso, fizeram com o que a história da Índia se confundisse com a história do próprio hinduísmo2 (e, de forma contígua, do Jainismo e do Budismo). [...]. Os indianos conseguiram um feito notável: transferiram o problema de preservar a narrativa histórica para o de manter as práticas religiosas. [...]. Por isso, é da arqueologia moderna que proveio um exame mais nítido das civilizações indianas antigas (Bueno, 2016, pp. 7-8; grifo nosso).
E, de acordo com Gavin Flood,
Até o primeiro milênio EC [Era Comum; depois de Cristo], não existe uma historiografia sobre a região da Ásia do Sul [Índia antiga, Subcontinente Indiano etc.] e os textos [muitos deles considerados sagrados] não recebem datação. Por essa razão, é muito difícil estabelecer uma cronologia definida das religiões indianas. É preciso confiar em evidências arqueológicas tais como moedas, cerâmicas e especialmente inscrições e textos. (Flood, 2014, p. 43; grifo nosso).
3) Evidências arqueológicas: à procura de Shiva
Da Índia Antiga (Bharat3 ), até o momento, as principais cidades encontradas por meio de escavações arqueológicas foram Harappa (primeira a ser descoberta) e Mohenjo-Daro (ou Mohan-jo-Daro). A descoberta dessas duas cidades-fortalezas localizadas no Vale do rio Indo deram nome à primeira Civilização Indiana: Civilização do vale do Indo (ou Civilização Harappeana).
Naqueles sítios, separados por 64 km, foram exumados um sem-número de pequenos artefatos, muitos deles associados a símbolos religiosos. Alguns objetos, a exemplo de sinetes (uma espécie de selo) em pedra-sabão, evidenciam duas relevantes constatações:
-
indicações de culto a uma deusa-mãe;
-
imagens de figuras que têm características em comum com a posterior divindade hindu conhecida como "Xiva” ou Shiva (Narayanan, 2009, p. 12; grifo nosso).
Fig. 2: Civilização do Vale do Indo (atual Índia, Paquistão etc.)
Fonte: wikiwand.com
Em outra frente, as pesquisas arqueológicas encontraram indícios de atividades musicais na arte rupestre (ou registros rupestres) das Cavernas de Bhimbetka, nos montes Vindhya (Cordilheira que separa o Sul da Índia da planície formada pelos rios Indo e Ganges) datados, pelo menos, do Paleolítico Superior (entre 30.000 e 10.000 a. C., aproximadamente) e Neolítico.
Entretanto, os resultados das investigações arqueológicas serão detalhados nas próximas colunas.
Fig. 3: Subcontinente Indiano
Fonte: elizabethwerneck.com
4) O território da Índia Antiga
É preciso ter em mente que o termo “Índia” - usado como sinônimo de
Bharat3 - não diz respeito, necessariamente, ao atual país chamado Índia. De fato, em textos históricos, costumeiramente, a palavra “Índia” contempla um território bem mais amplo. Para Dinarte Belato (2008, p. 66), a título de exemplo, houve um tempo em que o território indiano compreendia “parte do Afeganistão, Paquistão [separado da Índia em 1947], Nepal, Butão, Bangladesh e Birmânia, que hoje se chama Mianmar”. Por esse motivo, na sequência do presente estudo, serão empregados alguns termos sinônimos: “Subcontinente Indiano” (atuais territórios políticos da Índia, Paquistão, Sri Lanka e do Nepal), “Índia Antiga”, “Índia Arcaica”, ou mesmo, “Península Hindustânica” (atualmente ocupada pela Índia, pelo Paquistão, por Bangladesh, pelo Nepal e pelo Butão).
5) A tradição oral
Diante disso, para Heinrich Zimmer, no livro Mitos e Símbolos na Arte e Civilização da Índia, por milênios, a cultura indiana foi conservada por meio da tradição oral. Mas, no entendimento do autor, trata-se de uma “herança tão vasta como fragmentária” (Zimmer, 2021, p. 18).
A historiografia tradicional acredita que as primeiras tribos que povoaram o Subcontinente Indiano costumavam adorar diferentes elementos da natureza e, sobretudo, a "Deusa Mãe" (Mãe Terra etc.). Daí surgiu o shaktismo, cujo culto realizado pelos fiéis contemplava a Divina Mãe, em suas diversas manifestações (Durga, Kali etc.). É importante dizer que, mais tarde, outras deusas integrantes do posterior "hinduísmo2", tais como Lakshmi, Parvati e Sarasvati, seriam acomodadas no shaktismo.
Depois, já na esfera do hinduísmo, em sua forma primitiva, o Ser supremo passou a ser concebido como brahman, um conceito abstrato que, por sua vez, encarnou-se em Brahma, Vishnu e Shiva, deuses conhecidos, respectivamente, como o criador, o mantenedor e o destruidor/recriador da ordem cósmica. É oportuno revelar os nomes de suas consortes pela ordem: Sarasvati, Lakshmi e Parvati.
O corpus sagrado mais antigo do hinduísmo possui 4 partes: são os Vedas (Rig-Veda, Yajur-Veda, Sáma-Veda e Atharva-Veda). Acredita-se que o mais antigo deles, o Rig-Veda, foi compilado, possivelmente, em algum momento entre 2.000 e 1.500 a. C., a partir de uma tradição oral muito mais antiga.
Nesse sentido, especula-se que, a priori, o conhecimento contido nos Vedas era revelado pelos deuses por meio de música [hinos védicos], exclusivamente aos “sábios” (“rsis” ou “rishis”), um tipo de sacerdote-poeta (cantores de hinos védicos) considerados seres iluminados e até mesmo videntes. A posteriori, os ensinamentos divinos foram transmitidos aos demais integrantes daquelas antigas comunidades.
Sunita Pant Bansal, no livro
Deuses e deusas hindus, chama a atenção para um relevante detalhe: “o nome de
Shiva não aparece nos
Vedas”. Todavia, esclarece a autora que, naqueles textos sagrados, Shiva é identificado como um deus da cultura védica (período védico: c.1300 a 300 a. C.) chamado
Rudra, considerado o “Senhor dos Cantos, dos sacrifícios, da nutrição, curador das doenças e aquele que provê as posses” (Bansal, 2008, p. 35).
6) Shiva músico
A pesquisadora Priya Viswanathan (2016), por sua vez, sugere que cada um dos principais deuses do Panteão hindu tem seu Veena particular. Para a autora, o próprio Shiva era um amante de "Vina". E, considerando a tradição oral, Shiva seria o responsável pela criação de uma das variedades desse instrumento musical: o Rudra Veena, também chamado Bin. A título de curiosidade, diz-se que as suas duas cabaças ressonadoras representam os seios de Parvati, a esposa de Shiva (Rudra).
Fig. 4: Rudra Veena (Bin)
As imagens de Shiva (Siva) “em sua forma física mostram-no como uma figura meditativa”. De fato, é tido como o mestre do/da ioga (Bansal, ibid., p. 36). A ilustração abaixo retrata um momento de meditação do deus Shiva. E, ao lado direito de Shiva encontra-se Parvati, sua consorte, tocando uma das variedades do Veena.
Fig. 5: Shiva (à direita) em meditação.
Parvati (à esquerda), consorte de Shiva, tocando Veena
Fonte: pinterest.com
Sunita Bansal (2008, p. 35) lembra que Shiva possui 1.008 nomes, incluindo: Mahadeva (o grande deus), Mahesh, Neelkantha (o de garganta azul) e Ishwar (o deus supremo), Mahayogi (ou o grande asceta), Dakshinamoorthy (professor de artes [música etc.], guru), Pashupati (Senhor dos animais) ou, ainda, Nataraja, o criador da dança.
Em sua manifestação como Dakshinamoorthy, as ilustrações mostram Shiva segurando um Veena-dhara Dakshinamoorthy (ou, talvez: Veena Gana Priya).
Fig. 6: Veena-dhara Dakshinamoorthy
Shiva também costuma ser representado como Siva-Nataraja, o “Senhor da Dança”. Nesta condição, Shiva é a “Energia” responsável, inicialmente, pela destruição de tudo que existe para, depois, realizar as transformações dentro da criação.
Quando Siva-Nataraja executa sua dança, ele destrói, mas também constrói. Nos termos de Heinrich Zimmer, no livro Mitos e Símbolos na Arte e Civilização da Índia, Siva, o Senhor do linga*, é o “Rei dos Dançarinos” ou o “Dançarino Cósmico”. E, em sua manifestação dançante, incorpora a energia eterna.
* Linga (ou lingam) é uma representação da divindade hindu Xiva, utilizada para orações em templos hindus. É "um falo ou símbolo de fertilidade ou energia divina" (Unzer, 2017, p. 68). Na sociedade tradicionalista indiana, o lingam é visto como símbolo da energia e potencial de Deus ou do próprio Xiva (Frias, 2003, p. 186, nota). O símbolo correspondente feminino é o “yoni”.
Fig. 7: Shiva (o Dançarino Cósmico)
Na ilustração acima, Siva-Nataraja está representado numa peça pertencente a uma série de bronze, datada dos séculos X e XII d. C. encontrada no Sul da Índia. Para Heinrich Zimmer,
Shiva, além de seu tridente, da chama da destruição, da flor (lótus) etc.,
segura um pequeno tambor - o damaru - (na mão direita superior), semelhante a uma ampulheta que sugere “o som, veículo de fala e portador da revelação, tradição, encantamento, magia e verdade divina”. Isto é,
o som da criação do universo.
7) Alguns outros músicos na mitologia hindu
Mary E. Brown e WM. Adams Brown, no livro
Musical instruments and their homes, afirmam que na tradição hindu, diversos deuses são representados como músicos.
Narada (um
rishi filho de Brahma), por exemplo, é tido como o criador do primeiro Vina.
Fig. 8: Narada Muni (filho de Brahma)
Nesse universo mitológico, Saraswati (consorte de Brahma) é a deusa do conhecimento e das artes. A ela é atribuída a invenção de um sistema de escalas musicais. Ela possui um instrumento em sua homenagem: Saraswati Veena. Nas palavras de Sunita Pant Bansal (2008, pp. 77-78), Saraswati é “considerada como a personificação de todas as artes, ciências, habilidades manuais, música e poesia. Aliás, ela é geralmente retratada segurando Veena, por vezes chamado de Kacchapi Veena.
Fig. 9: Sarasvati
Abaixo, Krishna, um dos avatares (encarnações) de Vishnu:
Fig. 10: Krishna tocando bansur (um tipo de flauta)
Na sequência, o deus Ganesha, o primeiro filho do casal Shiva e Parvati:
Fig. 11: Ganesha
Fonte: geeta.com
Em seguida, Hanuman (Anjanaya), o deus macaco do hinduísmo:
Fig. 12: Hanuman
Fonte: pinterest.com
Fig. 13: Ravana, o “rei dos Asuras (demônios)
"O gigante hindu de dez cabeças” (rei do Ceilão, atual Sri Lanka)
O inventor do Ravanastron (instrumento musical de cordas com arco)
Ilustração: wikiwand.com
NOTAS:
1) Falar sobre os termos “hindu” e “hinduísmo” (Sanâtana-Dharma em sânscrito) é uma tarefa complexa já que essas são palavras que, de forma errônea, costumam ser associadas a uma religião professada em países asiáticos - Índia (c. 80% da população), Nepal (c. 80%), Sri Lanka (c. 13%) etc. -, ou mesmo, por outras comunidades que se autointitulam “hindus”, espalhadas pelo mundo. (Flood, 2014, p. 25; Narayanan, 2009, p. 7).
Os vocábulos “Índia”, “hindu” e “hinduísmo” derivam de uma mesma palavra: Sindhu. Trata-se de um termo proveniente da língua sânscrita que, preliminarmente, nomeava um dos principais rios do antigo território da Índia: o rio Indo. Nesse sentido, Gavin Flood informa que o termo “hindu” surge, inicialmente, “no contexto da geografia persa para designar os povos que viviam além do rio Indo” (Flood, p. 26).
Na realidade, os persas e iranianos adaptaram “Indo" para Hendu e os gregos [pelo menos, desde o historiador Heródoto, século V a. C] para Indus (Frias, 2003, pp. 179-180). Enquanto isso, “nos textos árabes, Al-Hind é um termo que se refere aos habitantes do que é hoje a Índia moderna” (Flood, ibidem). Em acréscimo, Narayanan diz que “em antigas inscrições e documentos”, “hindu” está relacionado “ao povo de ‘Hind’, o Subcontinente Indiano” (Narayanan, ibidem).
Seguindo a cronologia dos acontecimentos, já nos impérios da Índia Medieval (600 a 1.200 d. C.), período de domínio mulçumano, o termo hindu “era usado para designar muitas comunidades indianas não-mulçumanas” (Narayanan, ibidem). E, mais adiante, passaria a “denominar um indiano que não fosse mulçumano, sikh, jainista ou cristão, abarcando assim uma série de crenças e práticas religiosas” (Flood, ibidem).
Saltando para fins do século XVIII, os britânicos, então colonizadores da Índia, nomeavam de “Hindu” (ou “Hindoo”) os habitantes “do ‘Indostão’” (Hindustão), ou seja, da região histórica do Norte da Índia constituída pela grande planície indo-gangética (Indo e Ganges), desde o delta do Ganges ao Punjab.
O sentido do termo “hindu”, da maneira como é usado atualmente, data apenas dos dois últimos séculos. Destarte, costuma-se dizer que o sufixo “-ismo” foi acrescentado ao termo “Hindu” por volta de 1830. (Veja a Nota nº 3: Hinduísmo).
3) Para Gavin Flood (2014, pp. 26 e 28), a palavra “hinduísmo”, no sentido que conhecemos hoje, “enquanto religião mundial deu-se somente a partir do século XIX, quando o termo passou a ser utilizado por reformadores hindus e orientalistas ocidentais”. Explicita o autor que, tal prática “objetivou distinguir a religião e a cultura dos brâmanes [ou brame] de castas elevadas [casta sacerdotal]”, no intuito de evidenciar as diferenças sociais entre as diversas etnias que formaram a Civilização Indiana. Por fim, uma conotação política foi atribuída ao vocábulo “hindu”, quando uma parcela da população indiana buscou consolidar uma “identidade nacional que resistisse ao colonialismo [britânico]”.
Na realidade, de acordo com Gavin Flood (Ibid, p. 21), os povos hindus afirmam que “o hinduísmo não é exatamente uma religião, mas um modo de vida”. E, de fato, o “hinduísmo inclui, também, tradições filosóficas e teológicas bem desenvolvidas e altamente elaboradas”. Nas palavras de Vasudha Narayanan (2009, p. 9), o hinduísmo, além de “um modo de vida” é, ao mesmo tempo, uma religião e uma cultura. Sendo assim, afirmam os pesquisadores José Follmann e Cleide Scarlatelli (2006, p. 20): o domínio do hinduísmo é “muito mais amplo do que aquele que, no Ocidente, conhecemos por religião”.
3) Bharat é o nome oficial utilizado por várias etnias indianas para designar seu país. Originalmente, referia-se apenas à parte ocidental do rio Ganges no norte da Índia. Mas, com o passar do tempo, o referido termo foi adotado em todo o território da Índia antiga. Bharat é derivado do nome Bharata (ou Bárata), o qual pode aludir a dois personagens:
1) Um dos filhos do rei Dushyanta (citado no épico Mahabharata) com sua esposa Shakuntala; a título de curiosidade, Shakuntala é tema de algumas obras musicais (balés e óperas) de compositores ocidentais, tais como o russo Sergey Balasanian (1902-1982), o francês Ernest Reyer (1823 - 1909), o italiano Franco Alfano (1875-1954) e o austríaco Franz Schubert (1797-1828).
2) Um dos quatro filhos do Imperador Dasaratha com uma de suas três esposas chamada Kaikeyi. Nesse caso, Bharata seria irmão de Shatrughna, de Lakshmana e de Rama.
É oportuno dizer que o Senhor Rama (um avatar do deus Vishnu) e sua esposa Sita, ao lado de Hanuman (o deus com cabeça de macaco [Figura 12]) e do rei Ravana (Figura 13), “o gigante hindu de dez cabeças”, são os principais personagens do épico Ramayana. Mas, tal tema será contemplado nas próximas postagens.
Ademais, cumpre lembrar que Ravana (Rei do Ceilão [atual Sri Lanka]), também é considerado o criador do mais antigo instrumento de cordas com arco de que se tem notícia: o Ravana Hasta Veena (Ravanhatta ou Ravanastron). Maiores detalhes acerca disso podem ser encontrados na última Coluna, intitulada Ravanastron: o ancestral mais antigo do violino.
LEIA TAMBÉM:
1) A música sob a perspectiva dos pitagóricos - postado em 21/05/2020;
2) A ética e a música na Antiguidade Clássica - postado em 29/05/2020;
3) Harmonia: filosofia e música - postado em 17/06/2020;
4) Orfeu e os "modos" musicais gregos primitivos - postado em 14/07/2020;
5) O "éthos" dos modos musicais - postado em 19/07/2020;
6) Poeta-músico (aedos, bardos) - postado em 21/08/2015;
7) O poder da música - postado em 05/06/2015.
REFERÊNCIAS:
FOLLMANN, José; SCARLATELLI, Cleide. (2006).
Lições Milenares do Oriente Hinduísta para uma Conduta Ética na Sociedade de Hoje. In:
Revista de Estudos da Religião, nº 4 , pp. 18-42.
Disponível em: http://www4.pucsp.br/rever/rv4_2006/index.html
FRIAS, Hilda Moreira de. (2003). História e Religião na antiga Índia: base indo-europeia e cristianização. In:
Revista Portuguesa de Ciências das religiões, Ano II, n.º 3/4 - 179-188.
Disponível em:
revistas.ulusofona.pt/index.php/cienciareligioes/article/view/4604
GROUT, Donald J.; PALISCA, Claude V. (2001). História da música ocidental. 2. ed. Lisboa: Gradiva.
NALAWADE, Amogh R.
Vibro-acoustic analysis of the Veena. (2015). (Thesis,
Master of Technology). Indian Institute of Technology Hyderabad. Disponível em: https://raiith.iith.ac.in/1812/
NARAYANAN, Vasudha. (2009).
Conhecendo o Hinduísmo: origens, crenças, práticas, textos sagrados, lugares sagrados.
[Tradução: Gentil Avelino Titton]. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes.
VINA musical instrument.
(2022). In: Encyclopaedia Britannica (on-line), verbete revisado e atualizado por Virginia Gorlinski. Disponível em:
https://www.britannica.com/art/vina
VISWANATHAN, Priya. (2016). Veena and Other Ancient Musical Instruments of India. In: Dolls of India.
Disponível em: https://www.dollsofindia.com/library/veena/
ZIMMER, Heinrich Robert. (1989). Mitos e Símbolos na Arte e Civilização da Índia. [Compilado por Joseph Campbell; tradução: Carmen Fischer]. São Paulo: Palas Athena.