Para adicionar atalho: no Google Chrome, toque no ícone de três pontos, no canto superior direito da tela, e clique em "Adicionar à tela inicial". Finalize clicando em adicionar.
Longa entra em cartaz no dia 6/11 | 29.10.25 - 22:23
Ângela em frente ao cartaz do longa (foto: José Abrão/A Redação)
José Abrão
Goiânia - Centenas de pessoas lotaram quatro salas de cinema no Goiânia Shopping para acompanhar na capital a pré-estreia de Uma Nova História, filme produzido pela psicanalista cristã Ângela Sirino. As sessões simultâneas ocorreram nesta quarta-feira (29/10) e tiveram a presença de Ângela e do diretor do longa, Mário Bregieira, conhecido por seus papéis na frente e por trás das câmeras nas produções bíblicas da Record.
A estreia nacional do filme será na próxima semana, no dia 6 de novembro, e é baseado na história real de três casos que Ângela tratou pessoalmente por meio da sua metodologia clínica chamada Ciência e Fé, reconhecida pelo MEC. A trama acompanha Janete, uma jovem influenciadora obcecada pela vida digital, pondo em risco seus relacionamentos reais; Roberta, uma jovem que sofre convulsões e lida com traumas ligados ao abuso sexual e Flávia, uma mulher que lida com o luto dilacerante da perda de três pessoas queridas em seis meses.
Este projeto é o primeiro deste escopo feito pela psicanalista que financiou inteiramente a produção, escreveu o texto que serviu de base para o roteiro e ainda atuou interpretando a si mesma. Além de psicanalista clínica, Ângela é pedagoga e especialista em sexualidade e transtornos de personalidade. É fundadora e CEO do Instituto FD, com mais de 40 mil terapeutas formados e idealizadora do FD Play, plataforma de filmes terapêuticos que é de onde esse longa-metragem se originou.
"Eu comecei a passar filmes seculares para os alunos assistirem e entenderem um pouquinho sobre a psique humana e sobre como se ressignificava muita coisa dentro da saúde emocional, podendo usar os princípios da base científica, né? E me deu vontade de fazer conteúdo. Nós temos filmes hoje de saúde mental e séries no nosso streaming, que se chama FD Play", conta.
Uma das salas cheias (foto: José Abrão/A Redação)
"Eu falei para os alunos ano passado que eu ia cumprir um voto: eu tinha que fazer um filme da minha história. Meu marido achou que era melhor fazer a minha história como terapeuta, narrando a superação de outras pessoas, inserindo a licença poética e substituindo o nome, a profissão e outras coisas. Daí veio ideia de fazer o filme. A gente juntou três episódios dessa série que produzimos em uma sala de cinema em São Paulo e passamos só para os nossos alunos e eu convidei algumas pessoas", completa.
Entre essas pessoas estavam representantes da Paris Filmes, que encamparam o projeto e agora o estão distribuindo neste formato de filme de 90 minutos para todo o Brasil. O sonho agora é que ele repercuta bem o suficiente nas bilheterias para chamar a atenção de outros serviços de streaming.
Sobre o desafio de atuar, ela diz que espera ter se saído bem e lembrou que teve oito anos de experiência como apresentadora na TV que ajudaram nesse processo. "Eu acho que ninguém melhor vai interpretar eu mesma que eu mesma", brinca.
Uma das pessoas tocadas pelo trabalho da Ângela foi o próprio cineasta e ator Mário Bregieira, que se tornou o grande parceiro desse projeto por sua experiência no mercado audiovisual brasileiro.
"Eu conheci a Ângela há uns três anos em um momento em que estava desiludido das produções. Eu tinha uma produtora há 12 anos, mas havia passado por umas coisas e não estava produzindo mais, estava só atuando nas novelas bíblicas", conta. "E aí eu vi tanto valor nas ideias dela que decidi voltar a produzir. Foi com a conexão com a Ângela que minhas produções voltaram a fazer sentido", completa.
Próximos passos
E, é claro, espera-se que este filme seja apenas o primeiro de muitos: "Nós temos um outro já pronto para lançar em setembro de 2026, é sobre o suicídio, para o Setembro Amarelo, que é uma história original, e agora, em dezembro, estamos produzindo a segunda edição desse", planeja a psicanalista.
Ângela conta que o audiovisual é bastante custoso, trabalhoso e desafiador. Para cortar custos, muitas cenas foram gravadas na sua casa e na de familiares e parte dos figurantes são colaboradores da empresa. Mas, ao seu ver, valeu a pena: "Eu acho que é porque eu gosto de desafios".
Sobre a parte da religiosidade, ela espera que o filme quebre a barreira do preconceito e que fale com cristãos de todas as denominações: "Eu acho que esse filme vem pra quebrar isso. Em nenhum momento no filme se fala a palavra Jesus. Eu falo sobre o Criador, às vezes falo sobre a Força Maior e falo sobre Deus. Ele não é denominacional. É justamente para quebrar essa coisa de que existe um lado evangélico, um lado católico, etc. Não. Nós falamos justamente sobre ouvir sem julgamento", finaliza.