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Ele defende privatização do Eixo Anhanguera | 28.03.19 - 13:40
(Foto: João Unes) João Unes
Goiânia – Diante do impasse envolvendo o reajuste da tarifa do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia, o prefeito Iris Rezende defendeu que qualquer anúncio dessa natureza só seja feito se houver contrapartida. “Quando anunciar reajuste da passagem, já devemos anunciar o que vamos fazer pelo transporte público, o que vamos exigir e o que o usuário vai receber”, pontuou em entrevista exclusiva ao jornal A Redação nesta quinta-feira (28/3).
Iris opinou ser natural que haja reajuste, já que as empresas precisam corrigir os salários dos funcionários e realizar reparos nos ônibus, por exemplo. No entanto, argumentou que aumentar o preço da passagem sem oferecer nenhum tipo de melhoria em troca não resolve o problema.
O prefeito de Goiânia disse que vem dialogando com Ministério Público, deputados estaduais, vereadores e Câmara Deliberativa de Transporte Coletivo (CDTC). “Minha opinião é que aguardássemos um pouco essa questão do reajuste, precisa ser melhor discutida”, pontuou.
Para ele, o principal gargalo do transporte coletivo é o Eixo Anhanguera. Iris comentou que o problema surgiu anos atrás, a partir do momento em que governo estadual assumiu a concessão dessa linha de ônibus. Atualmente, opinou, faltam ônibus para transportar a quantidade de pessoas que dependem do Eixo. “Aquilo que se vê ali é um desrespeito. É uma agressão à sensibilidade humana, então não adianta discutir se o problema está aqui, falta ônibus do Eixão.”
Na tentativa de solucionar essa questão, Iris informou que vem estabelecendo um diálogo com o governador Ronaldo Caiado. A ideia é que o governo estadual abra mão da concessão do Eixo Anhanguera e transfira a responsabilidade para o município. “E a prefeitura abriria uma licitação para privatizar. Nessa privatização, o que vamos exigir? Que esse Eixão seja exemplo para o Brasil, para resolver essa anarquia que está aqui há alguns anos.”
Impasse
A reunião da CDTC que votaria o reajuste do transporte coletivo estava marcada para quarta-feira (27/3), mas acabou sendo cancelada às vésperas. Em nota, a CDTC informou que “a meta é elaborar um projeto que visa reestruturar a gestão da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) e um plano que proporcione melhorias em todo o sistema”.
A decisão de adiar a reunião, segundo a Câmara, foi tomada durante encontro entre o presidente CDTC e prefeito de Trindade, Jânio Darrot, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, e a representante do Ministério Público de Goiás, promotora Leila Maria de Oliveira. Ainda não há previsão de quando esse encontro ocorrerá.