Ludymila Siqueira
Goiânia - Moradores do Conjunto Morada Nova, em Goiânia, denunciam que a principal praça do bairro tem sido constantemente degradada por causa do uso irregular do espaço como estacionamento. O problema se intensifica às sextas-feiras à tarde, quando é realizada a tradicional Feira do Morada Nova, evento bem aceito pela comunidade, mas que tem sido acompanhado por abusos cometidos por feirantes e frequentadores que estacionam veículos sobre o gramado da praça.
Segundo os moradores, o fluxo constante de carros já comprometeu a vegetação em vários pontos da praça, que hoje apresenta trechos tomados por poeira e terra batida. “É uma situação revoltante. A praça era bem cuidada, tinha grama de fora a fora. Hoje, virou um campo de terra batida, grama seca amassada, cheio de carros, carretinhas e até caminhonetes. Já fiz várias denúncias no aplicativo da prefeitura, mas nada mudou”, relata o aposentado André Cardoso da Rocha, morador da Rua Cláudio da Costa, que vive há mais de 20 anos no bairro.
Além da degradação ambiental, o uso indevido da praça representa risco à segurança de quem circula pela região. A técnica em enfermagem Larissa Dias, frequentadora da feira, afirma que quase foi atropelada por um veículo na última semana. “Eu estava atravessando a praça quando um carro passou bem perto de mim, acelerando em cima da grama como se estivesse em um estacionamento. Foi por pouco", realata. "Eu fui alertar o motorista e ele ainda gritou comigo, pediu para que eu andasse mais rápido. Como tinha uma carretinha engatada no carro, imagino que seja um feirante", opina.
Ainda segundo relatos, alguns motoristas entram na praça em alta velocidade, “cantam pneus” e ignoram completamente que se trata de um espaço público de lazer. Feirantes e frequentadores permanecem com os veículos sobre a grama até o final da noite. A prática, apesar de denunciada repetidamente por moradores e por outros feirantes contrários à situação, segue sem resposta.
A organização da feira, segundo moradores do bairro, estaria ciente do problema, mas não teria tomado nenhuma medida para conter o acesso de veículos à praça ou para ajudar a preservar o local.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET) da Prefeitura de Goiânia e aguarda retorno.