Taíssa Queiroz
Goiânia - A professora e palestrante Fernanda Fontes abordou o tema ''Censo Escolar e os Fatores de Ponderação'', durante palestra na 1ª edição do Congresso Educa, nesta quarta-feira (24/9), em Goiânia. O evento, idealizado pelo professor Manoel Barbosa, promove debates estratégicos sobre os desafios e o futuro da gestão educacional no Brasil e do novo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb).
A professora afirmou que os fatores de ponderação e o novo Fundeb vieram para mudar a forma de olhar para a educação. Para Fernanda, esse novo processo deve ser feito de forma gradual e com muita atenção dos gestores. ''Na educação você tem que ter no mínimo dois anos para você arrumar casa. É saber o tempo de investimento e o que posso, a longo prazo, melhorar. Então, aqueles municípios que não se atentaram ainda para isso, não vão conseguir'', completou.
Ela afirma que quando o município consegue investir assertivamente em uma modalidade de ensino, o valor cresce no Fundeb e o gestor fica mais satisfeito. "Eles vão saber que vão conseguir custear. Toda vez que levamos uma proposta para o município, a gente já leva pensando em como ele vai ficar nos próximos anos e como eles podem crescer ou não'', arrematou.
Segundo a palestrante, a ponderação é uma junção de comissão e financiamento. ''Lá dentro da comissão tem representantes dos municípios, dos estados e outras organizações. O governo vai dizer: 'não, o custo do ensino médio é muito maior. Então, a moderação do ensino médio é maior pra mim'. E o município diz: 'não, eu tenho que investir na educação infantil, então o custo na educação infantil é maior''', explicou.
Existem dois recursos do Fundeb, o Valor Aluno Final (VAAF) e o Valor Aluno Total (VAAT), sendo dois tipos de ponderações diferentes. O VAAF define o valor mínimo que deve ser repassado por aluno. Já o VAAT é o valor total que um município precisa arrecadar para atingir um patamar mínimo de investimento por aluno em cada localidade. ''Por isso, cada município recebe um dos recursos que mais se adequa ao seu munícipio''.
Por fim, Fernanda afirmou que o futuro dessas ponderações é mutável, com muitas alterações. ''As tabelas de ponderação para 2021 a 2025 tiveram uma alteração. Até 2024 era uma ponderação. Entre 2021 até 2025 ela foi alterando''. Logo, a professora acredita que em 2026, não será diferente. ''Então, na hora que vocês forem investir na educação, essa tabela de ponderação tem que ser levada em consideração, sempre'', finalizou.