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Senado dos EUA aprova medida que bloqueia tarifas de Trump para o Brasil. (Foto: Reprodução) São Paulo - O Senado dos EUA votou, nesta terça-feira (28/10), por 52 a 48 para aprovar uma medida que bloqueia as tarifas do presidente Donald Trump sobre o Brasil, com um punhado de republicanos se aliando aos democratas na reprovação de uma peça central da agenda econômica da Casa Branca.
Cinco senadores republicanos votaram a favor da resolução: Lisa Murkowski, do Alasca; Susan Collins, do Maine; Rand Paul e Mitch McConnell, do Kentucky; e Thom Tillis, da Carolina do Norte. Todos os democratas votaram a favor.
A resolução sobre o Brasil agora segue para a Câmara, onde os líderes republicanos endureceram as regras processuais para bloquear as votações em plenário sobre contestações tarifárias até março do ano que vem. A medida, liderada pelo senador Tim Kaine, do Partido Democrata, encerraria a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros por Trump sob uma lei de poderes emergenciais.
Agenda
Ainda esta semana, espera-se que o Senado considere medidas semelhantes para bloquear as tarifas de 35% de Trump sobre produtos canadenses e suas tarifas de 10% a 50% sobre importações de outros países. A votação ocorreu após um tenso almoço a portas fechadas na tarde de terça-feira, 28, no qual o vice-presidente JD Vance enfrentou resistência de senadores republicanos em relação às novas propostas que o governo vem considerando para quadruplicar as importações de carne bovina argentina.
Vance havia comparecido para pedir união em relação ao comércio e manter os senadores alinhados antes da votação sobre as tarifas, mas, em vez disso, enfrentou uma enxurrada de reclamações de legisladores de estados agrícolas que disseram que o plano já estava causando preocupação entre os produtores de gado em seus distritos.
Muitos republicanos expressaram reservas sobre as tarifas de Trump, e a Suprema Corte deve ouvir em breve os argumentos sobre se Trump extrapolou seus poderes ao impor tarifas para o mundo todo. Paul, um dos coautores da medida sobre o Brasil, disse que Trump estava invadindo o poder do Congresso sobre a tributação ao reivindicar o "direito unilateral de cobrar impostos de importação" e afirmou que as tarifas do presidente estavam se baseando em uma "emergência fabricada".
Em declarações à imprensa sobre seus colegas republicanos, ele disse: "É uma meta muito difícil de alcançar até que eles votem contra o presidente." (Agência Estado)