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Eleno Mendonça
Eleno Mendonça

Jornalista, consultor de imagem e diretor da Eastside23 Comunicação Corporativa / elenomendonca@uol.com.br

Para Entender a Economia

O brasileiro está cansado de conversinha

| 14.10.19 - 12:17
São Paulo - O que realmente importa para as pessoas de bem, que querem um país para morar, onde haja um nível razoável de ensino, boas condições de saúde, pleno emprego? Na minha avaliação, importa se de fato a economia está caminhando. O dirigente, no caso, quem conduz o Brasil, está em segundo plano. Para mim, e tenho comigo essa posição há algum tempo, enquanto duas minorias se polarizam nos extremos entre direita e esquerda, há uma grande maioria que ou nem está interessada nessa disputa ou está alheia por convicção em relação ao que acontece à sua volta. Isso se chama desânimo, infelizmente, porque o ideal é que todos estivessem bem informados e atentos a tudo.
 
Para mim, portanto, a figura do presidente deixou de ser importante para a população. Ao votar, por rejeição ao outro candidato ou não, havia um mínimo de expectativa por parte da maioria. Hoje, e as pesquisas indicam isso, há uma apatia geral, o que é péssimo para a condução das coisas. Uma economia depende em muito do ânimo, do clima de confiança, da disposição das pessoas em investir em novos negócios. Hoje, com esse cenário, tenho muitas dúvidas sobre a velocidade do empreendedorismo.
 
Em meio a tudo isso, a impressão que tenho é que o presidente ou é um ser alheio a tudo e totalmente egocêntrico, ou é uma pessoa desinformada e despreparada para o cargo. E já algum tempo, mesmo sem ter mostrado a que veio, já pede votos pela reeleição. Por isso, gostaria aqui de avisar algumas coisas ao presidente e seus assistentes mais diretos, se é que ele ouve alguém. O Brasil, senhor presidente, precisa urgente de emprego, as pessoas estão nas ruas se virando, vendendo o almoço para comer a janta, como se diz popularmente.
 
Se não fossem esses aplicativos de carro ou de comida, fico pensando qual seria a situação das ruas. Estaríamos num caos. O certo é que as pessoas estão passando necessidade, sofrendo restrições, comendo mal, dormindo mal, sendo mal atendidas nos serviços de saúde. As pessoas estão sem escolas e morrendo nas ruas, com medo de sair, de dirigir, estão sofrendo com multas e ações arrecadadoras despudoradas, estão vestindo mal, estão desdentadas e feias.
 
Será que falta ao presidente andar pelas ruas, falar com as pessoas? Eu coleciono histórias tristes de gente que está no volante 14 horas por dia em carros alugados e sob risco de morte constante para poder pagar as contas. Eu vejo gente pedindo todo o tempo, gente se virando dentro do metrô e nos vagões de trem vendendo balas e fones de ouvido de origem estranha para poder levar algo para casa. Vejo histórias todos os dias de amigos morrendo, sendo assaltados, de jovens perdendo a vida, de uma Justiça fraca e sem efetividade.
 
Enquanto isso, o presidente e seus próximos ficam fazendo intrigas políticas, com jogo de palavras que ataca a tudo e a todos, sem apresentar um projeto que seja efetivo e que direcione a economia ao crescimento. Depois da votação dessa reforma da previdência, o que será usado para o próximo argumento como forma de justificar a falta de perspectiva e crescimento? Sabe o que mais ouço, senhor presidente? É gente, jovens, velhos, todos os tipos querendo deixar o Brasil, ir para Portugal, Estados Unidos, Austrália, qualquer parte. Está todo mundo inseguro e intranquilo e, definitivamente, não era preciso nada disso. É esse o ideal de Pátria Amada?

Comentários

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  • 17.11.2019 19:30 Bosco Carvalho

    A propósito das "pessoas de bem": https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/gente-de-bem-precisamos-de-gente-201cdo201d-bem/

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