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Eleno Mendonça
Eleno Mendonça

Jornalista, consultor de imagem e diretor da Eastside23 Comunicação Corporativa / elenomendonca@uol.com.br

Para entender a Economia

Estamos vivendo um apagão

| 07.05.20 - 20:12
Ligue a televisão e tente descobrir um número relacionado à covid-19 que seja definitivo ou próximo da realidade. Infelizmente não temos essas estatísticas reais, temos apenas movimentos e curvas próximas. Não sabemos quanto irá cair a economia, nem para quanto vai o dólar, nem os investimentos, nem quando haverá recuperação, nem quanto o governo irá gastar ao final das contas. É tudo muito incerto. A certeza é uma só: você pode ser de qualquer tamanho em relação à economia, acabará percebendo que ninguém sairá ileso ao final desse processo.
 
Tudo porque o solavanco que estamos passando não tem precedentes. Se há uma guerra, uma explosão, uma catástrofe natural, pode haver um breve espaço de tempo sem números confiáveis, mas em poucos dias é possível afirmar o tamanho do rombo, o número de pessoas atingidas, o que esse acidente vai produzir nas nossas vidas. Dá até para dizer em quanto tempo as coisas voltam ao normal, quando se estabiliza a economia e o jeito de viver de determinada população atingida. No momento, não sabemos nem qual é o nível de desemprego, o número de pessoas que estão passando fome, quantos estão nas ruas, os que estão afetados, contaminados, os mortos.
 
Que lástima! Só nos resta lamentar. Esses dias um amigo muito otimista, mas muito otimista, fazia contas e dizia que já tinha uma projeção de quando as coisas retomariam ao ritmo normal. Não agi no sentido de tirar dele a esperança. Preferi comentar apenas que achava muito bom pensar assim. De fato, acho isso mesmo. Sobretudo quem tem influência sobre as crianças e jovens, precisa sempre pensar positivo para gerar neles uma expectativa positiva em relação ao futuro. Nada pode haver de pior que uma geração perdida, sem sonhos, sem perspectivas.
 
Mas no fundo estou muito triste. Primeiro, em ver tantas pessoas e famílias chorando. Triste por saber que teremos consequências ainda muito sérias. Triste por ver que temos limitações muito expressivas na sensibilidade ou falta dela por parte de nossos governantes. No meio de uma pandemia, o povo sofrendo em todas as pontas, sem recursos e sem atendimento, e o time da política fica preocupado com a vaidade de decisões, com o futuro político, com viés partidário das próximas eleições e do posto futuro de presidente. Ora, já passou da hora de caírem na real. Da mesma forma como as mídias precisam ajudar as pessoas com informação, orientação, em vez de ficarem acalentando esse tipo de discussão.
 
Para mim, falta sensibilidade. Eu não quis falar para meu amigo, mas acho que ele deve se frustrar muito em relação aos resultados que projetou. Acho que ao final dessa história, que não sabemos sequer quando será retomada, todos teremos perdas importantes. Todos sairemos mais pobres, com menos perspectivas, com muito estresse. Teremos de nos esforçar muito para de alguma forma buscar forças. O pior de tudo é não ver o inimigo, não ter como combater. Falta a vacina definitiva, o remédio que cura e a boa vontade dos políticos em parar e pensar naqueles que estão perdendo vidas próximas e que terão ainda mais trabalho para se refazer no futuro.
 

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