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Cenário eleitoral em Goiás começa a se definir

Disputa ao Palácio tem três potenciais nomes | 19.08.25 - 14:12 Cenário eleitoral em Goiás começa a se definir Jornalista Jarbas Rodrigues Júnior (Foto: Divulgação)
 
O cenário eleitoral em Goiás para a eleição ao governo do estado em 2026 começa a ganhar forma. Até o momento, três nomes despontam como os principais pré-candidatos ao Palácio das Esmeraldas: o vice-governador Daniel Vilela (MDB), o senador Wilder Moraes (PL) e o ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Caso esse quadro se confirme, a disputa promete ser bastante acirrada.
 
É claro que devem surgir outras candidaturas ao governo de Goiás, sobretudo de partidos da esquerda goiana. Essas candidaturas, no entanto, tendem a se unir em torno de uma única chapa, com o objetivo de dar palanque ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado. Ainda assim, dificilmente deixarão de desempenhar um papel secundário no processo eleitoral goiano.
 
Neste artigo, não se trata da viabilidade eleitoral de cada pré-candidato, mas sim do cenário político que começa a se consolidar para 2026. Vamos, então, aos nomes que efetivamente reúnem maior capacidade eleitoral e, consequentemente, mais chances reais de disputa.
 
Daniel Vilela (MDB)
O nome de Daniel Vilela é, até agora, o mais consolidado para a eleição de 2026. Ele deve assumir o governo de Goiás em abril do próximo ano, quando Ronaldo Caiado (União Brasil) deixará o cargo para focar em sua pré-candidatura presidencial. Nos últimos meses, Vilela tem ganhado cada vez mais protagonismo nas agendas oficiais, tendência que deve se intensificar à medida que o governador percorre o país em busca de apoio.
 
Apesar de alguns analistas levantarem a hipótese de que Daniel Vilela poderia recuar em favor do projeto nacional de Caiado, essa possibilidade é considerada praticamente inexistente. Sua chapa já está em grande parte definida: ele próprio como candidato ao governo e a primeira-dama Gracinha Caiado (União Brasil) disputando uma das vagas ao Senado.
 
A vaga de vice deve ser ocupada por um nome de confiança direta do governador, enquanto a segunda vaga ao Senado deve fortalecer a aliança partidária do MDB e União Brasil com outras legendas no estado.
 
Wilder Moraes (PL)
Entre os nomes da oposição, Wilder Moraes vem se movimentando fortemente. O senador e presidente do PL em Goiás tem afirmado a aliados que disputará o governo estadual em 2026. Embora muitas lideranças, especialmente ligadas ao atual governo, ainda duvidem da viabilidade dessa candidatura, Wilder tem se mostrado determinado.
 
Na prática, apenas uma figura poderia tirá-lo da disputa: Jair Bolsonaro. Entretanto, a chance disso ocorrer é baixa. A candidatura de Wilder ao governo de Goiás é vista como estratégica para fortalecer o PL no estado, principalmente na eleição para o Senado — onde o nome mais cotado é do deputado federal Gustavo Gayer — e para ampliar a bancada de deputados federais, incluindo nomes como o vereador Vitor Hugo. Essa estratégia conta com o aval do próprio ex-presidente Bolsonaro.
 
Marconi Perillo (PSDB)
Já o ex-governador Marconi Perillo também demonstra disposição em voltar à disputa pelo governo de Goiás em 2026. Pessoas próximas ao tucano confirmam que ele está decidido a se lançar candidato, pela quinta vez. Alguns aliados, no entanto, ainda defendem que seria menos arriscado disputar o Senado ou até mesmo uma vaga na Câmara dos Deputados.
 
Perillo, contudo, avalia que abrir mão da disputa ao governo aumentaria o risco de encerrar de vez seu protagonismo político no estado. Afinal, caso não volte ao Palácio das Esmeraldas em 2026, completará mais de 10 anos afastado do poder. O próprio ex-governador cita como exemplo a decadência nacional do PSDB, que perdeu espaço e protagonismo nas eleições presidenciais recentes.
 
Disputa intensa
Portanto, o cenário que se desenha para a eleição em Goiás em 2026 coloca Daniel Vilela, Wilder Moraes e Marconi Perillo como protagonistas na corrida ao governo estadual. Caso esse quadro se confirme, a disputa será intensa e de grande interesse político, afastando qualquer expectativa de uma eleição morna.
 
É importante lembrar, no entanto, que ainda falta quase um ano para as convenções partidárias que oficializarão candidaturas e alianças. E, como a política é dinâmica, até mesmo as definições da eleição presidencial podem influenciar diretamente o cenário em Goiás.
A conferir.
 
Jarbas Rodrigues Júnior é jornalista formado na UFG com especialização em política e economia. 

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